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Vacuoterapia

Relatos históricos mostram que desde o século IV A.C, passando pela idade média; os egípcios, gregos, troianos, chineses, japoneses, africanos, europeus e americanos já faziam o uso de ventosas, onde as primeiras eram feitas de chifres de animais. Com o passar dos anos todos os tipos de materiais foram utilizados.

Em seu histórico clínico, o uso das ventosas aparece praticamente na cura de toda a doença, muitas vezes como instrumento “mágico” em sua essência.

Atualmente, através de modernos aparelhos de eletrosucção, onde as ventosas são adaptadas, podemos dizer que este instrumento passou de mágico para um de tremenda eficácia, principalmente no meio estético, usado para a manutenção de bem estar, mantendo a flexibilidade dos músculos, atenuando os quadros de hidrolipodistrofiagineóide, retirando as adesões e as fibrosidades, ajudando a modelar a silhueta, auxilia na extração de comedões e excesso de oleosidade, assim como alterações dos possíveis sinais do envelhecimento.

A vacuoterapia visa melhorar o aspecto geral do sistema tegumentar.

O aparelho exerce uma sucção sobre a pele por meio de ventosas de acrílico ou vidro de formas e diâmetros diferentes. Em seu mecanismo interno existe uma bomba a vácuo que aspira o ar do tubo e da ventosa provocando essa sucção, por diferença de pressão entre o meio externo e o meio interno, sendo que a intensidade desta pressão pode ser regulada através de um potenciômetro.

Esta técnica possui ações mecânicas e fisiológicas.

Mecânica

É a atuação mais intensa, pois pode observar a mobilização profunda do extrato cutâneo provocando o deslocamento de sulcos como rugas, tecido fibroso e pós-intervenções cirúrgicas, remoção de comedões, excesso seborreíco encontrado nos folículos pilo-sebáceos. O deslocamento do extrato cutâneo favorece também a produção de colágeno, na região onde se aplica a técnica.

Fisiológico:

O efeito básico é a vasodilatação que aumenta o fluxo sangüíneo, causando hipirêmia, colaborando para a melhora no metabolismo local.

A vacuoterapia produz estimulação mecânica por pressão negativa e estiramento dos tecidos moles e estimulando as redes de receptores nervosos fazendo com que haja várias respostas (mecânicas, reflexas e químicas), entre outras, aumento no metabolismo dos tecidos, mobilização dos líquidos teciduais, auxílio da reabsorção dos restos metabólicos, vasodilatação, analgêsia, etc.

O Objetivo da Técnica:

  • Mobilizar o sangue dentro dos capilares cutâneos, melhorando a troficidade e favorecendo a nutrição celular;
  • Atuar na reestruturação do tecido conjuntivo, graças ao aporte de enzimas e nutrientes e a eliminação de detritos;
  • Melhorar a tonificação tissular. A maneira correta de aplicação nos permite estimular fibras colágenas e elásticas;
  • Permite a estimulação e purificação dos gânglios linfáticos

    Formas de Aplicação:

    Contínua: Com o orifício da ventosa fechado, deslize o acessório sobre a superfície cutânea de forma contínua e interrupta. Libere o orifício ao chegar no ponto desejado, para remover a ventosa da pele de maneira segura sem que haja rompimento de capilares e possíveis hematomas. A depressomassagem contínua tem um efeito descongestionante, melhorando a fluidez da substância fundamental (baixa pressão) e também melhora a estrutura das fibras colágenas e elásticas (pressão média alta).

    Pulsátil: Fecha e abre-se o orifício da ventosa em um período de um segundo, percorrendo todo o trajeto desejado. A depressomassagem pulsátil, sobre regiões tencionadas realiza um relaxamento e sua aplicação nas regiões ganglionares realiza a desobstrução dos gânglios.

    PROTOCOLO DE MODELAÇÃO COM VÁCUO
    1 Limpe o rosto com loções de limpeza própria para o tipo de pele. Isto irá remover as impurezas da camada superficial da pele.
    2 Tonifique para complementar a limpeza e equilibrar o pH da pele.
    3 VÁCUO-SPRAY CK utilize ventosa modelo redonda maior facial, de forma pulsátil nos grupos ganglionários, bombeie 3x em cada grupo da face, com um nível de pressão a 600 mmhg (máximo).Os gânglios estarão sendo desobstruídos. Continue com a ventosa redonda maior facial, abaixe a pressão para o nível mínimo (100 mmhg) promova a drenagem linfática, conduzindo a linfa até os gânglios, de forma contínua ou pulsátil, sempre com um creme de massagem que favoreça a necessidade da cliente, para deslizar a ventosa. Este procedimento fará com que haja a total limpeza do interstício, removendo impurezas e toxinas, favorecendo as trocas metabólicas das células.
    4 Utilize a ventosa redonda maior para peles resistentes ou ventosas redonda menor facial para peles flácidas, coloque a pressão média alta (200 a 300 mmhg) faça movimentos mais rápidos no sentido “lifting’ (para cima) das fibras musculares, estes movimentos aumentarão a hipiremia no local fazendo com que haja maior estímulo e melhora no metabolismo, incrementando a produção de fibras de colágeno e favorecendo a penetração dos princípios ativos utilizados nos cremes”.
    5 Coloque a ventosa tipo bico-fino de extração, com pressão máxima (600mmhg).Faça um trabalho específico nas linhas de expressões e rugas profundas. Deslize a ventosa sobre a ruga de forma contínua até que haja a hiperemia no local e em seguida de forma pulsátil, pontue sobre toda extensão da linha. Este método fará com que haja maior passagem de interstício no local, aumentando o aporte de nutrientes para as células, revitalizando as mesmas e conseqüentemente, atenuando as linhas superficiais e profundas.
    6 Máscara oclusiva por 20′, para favorecer a penetração dos princípios ativos utilizados nos cremes de massagem durante o tratamento e trazer um aspecto descansado e modelar o rosto devolvendo o seu contorno natural.
    7 Finalizar com hidratantes com F.P.S