A corrente elétrica que provoca contrações musculares por estimulação transcutânea é chamada de corrente farádica. A corrente farádica apresenta as seguintes características:

Características das fibras musculares
Sob o ponto de vista do comportamento contrátil das fibras musculares podemos diferenciá-las em:
A polarização ou desequilíbrio elétrico provoca alterações na fibra muscular desencadeando reações e trocas bioquímicas que levam a contração. Estas reações eletroquímicas necessitam de um certo tempo para ocorrer desde o momento em que é aplicado o impulso elétrico até que se recupere da polarização elétrica da membrana. O tempo que leva uma fibra lenta para desencadear a resposta bioelétrica é diferente do tempo de resposta de uma fibra rápida. Podemos observar que existem três períodos em que ocorre o processo de contração muscular: 1) período de latência: é o tempo que leva o impulso aplicado para chegar a romper o ponto de polarização. É o tempo usado para mobilizar os íons da região até conseguir que a membrana se torne permeável. 2) período ativo: é o momento de despolarização da membrana onde se desencadeia a resposta contrátil da fibra muscular devido a intercâmbios químicos espontâneos e provocados pelo desequilíbrio eletroquímico que torna a membrana condutora. 3) período de repolarização: terminado o processo de contração, a fibra entra em um período de recuperação eletroquímica enquanto sob o ponto de vista mecânico continua contraída. Neste momento ocorre o trabalho da bomba de sódio e potássio. No fim deste período o músculo já está preparado para ser estimulado novamente em resposta de contração normal e completa. Caso seja aplicado outro impulso antes de ter se terminado o processo bioelétrico, a fibra não terá resposta contrátil.
Existem certos fatores que podem influenciar nos tempos de contração das fibras como: